27 Nov 2018 04:37
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<h1>Edivando De Souza Cruz</h1>
<p>O principal colunista do maior jornal do nação não entende quantas pessoas leram teu post de anteontem. Entretanto eu sei quantas me leem e sei que dessa vez foi mais que o usual. Imagino mais. Sei quantos acessaram meu texto através do Bubot, ferramenta que uso pra compartilhar o hiperlink dos meus textos no Facebook e Twitter: 6581 pessoas. Com o Bubot, consigo visualizar a velocidade com que este compartilhamento acontece, minuto a minuto, se quiser, se for tão angustiado.</p>
<p>Sei assim como quem compartilhou o texto com seus próprios seguidores no Twitter. Quem alegou sobre isto ele nas redes sociais, quem pitacou o quê e, claro, quem argumentou aqui no respectivo site. Está tudo inscrito e dei uma olhada panorâmica. Das pessoas que expressaram sua opinião sobre o que escrevi, sei quem aplaudiu, quem discordou com fortes ou fracos argumentos, e quem simplesmente é um idiota.</p>
<p>Como o texto chegou a tanta gente tão rápido? Quota na força do R7, que destacou o texto na sua homepage, e twittou o link. Parte pela minha própria gravidade. Porque, um pouco de propósito e um tanto por sorte, fui criando minha própria rede de relacionamentos pela web. Não segui nenhum manual como influenciar pessoas pela web.</p>
<p>Não escolhi um conteúdo com o intuito de permanecer batendo. Não planejei estrategicamente ser um influenciador. Tenho hoje 8.379 seguidores no Twitter e 1.774 amigos no Facebook, uma rede de mais de 10 1000 pessoas. Não é em tal grau quanto uma celebridade, não é a média das pessoas. Razoável, por causa de não sou celebridade, e não estou pela média.</p>
<p>Como eu entendo que não estou pela média? Uma nova engenhoca chamada Schmap me ilustrou. Em segundos, ela analisa seu perfil no Twitter, e diz quem são seus seguidores. Com algoritmos (uns endiabrados duendes digitais). O relatório abaixo fiz hoje, porém diz respeito ao dia onze de novembro. O Schmap é deslumbrante, contudo não entrega os dados do dia. Tem limite para tudo.</p>
<ul>
<li>Dois - Água Micelar</li>
<li>Cuidado com os fundamentos de imagens pra anúncios no Facebook</li>
<li>Sugestões legais</li>
<li>Reconheça o valor de cada profissional e de teu trabalho</li>
<li>Como reagir ao fim de um afeto</li>
</ul>
<p>91,2% estão no Brasil, 4,2% nos EUA 53,9% em São Paulo, 10,4% no Rio 57,8% homens 69,1% falam inglês 39,5% twitam de uma a cinco vezes por dia. E por aí vai, até entrar em cientistas e modelos (oito de cada!). Faria sentido que no Facebook o perfil dos amigos meus seja aproximado, talvez com presença ainda maior de jornalistas e profissionais de intercomunicação em geral, pelo motivo de, claro, é isso que eu faço.</p>
<p>E tem cabimento sonhar que os meus leitores fiéis do blog sejam até mais influenciadores. Não sou colunista de fofocas da Tv, futebol, inovação ou finanças pessoais. Ninguém domina se no dia seguinte irei publicar sobre isso uma música, a padaria da esquina, ou a recessão do capitalismo. Fica trabalhoso conservar fidelidade a um cara que atira afim de todo lado, dia sim dia não.</p>
<p>Entretanto foi o que aconteceu. Talvez seja pelo motivo de eu mantenho todo dia ao menos uma coisa: a dedicação de não escrever nada que você possa ler em outro recinto. Minha situação ilustra perfeitamente a nova frase chave dos teóricos da web. O coração da nova vida digital não é o Facebook, o Twitter, o Flickr, o Linkedin, o Orkut, o YouTube, o teu web site ou suas mensagens de texto ou seus emails: VOCÊ é a plataforma.</p>
<p>Desse modo, quando eu tenho algo a expor, minha voz chega longínquo. Visto que as pessoas com quem me relaciono na internet assim como têm algo a dizer, e juntas nossas vozes falam muito alto. Tudo isto pra defender uns moleques irresponsáveis? Não. Não me importa o que eles defendiam e eles não precisam da minha defesa.</p>
<p>O outro lado é que tem de ataque. Governantes que fazem uso cinicamente nossa inexistência de segurança, nossos preconceitos e nossa ignorância pra posarem de machões, disciplinadores e protetores da população, necessitam ser enfrentados ou, pelo menos, avacalhados. O texto de Paulo Moreira Leite, ontem, no website da Época, revela que no decorrer do dia, mudou a postura do governador Geraldo Alckmin quanto aos estudantes da USP. De manhã cedo, pela hora da reintegração, os delegados pegavam leve. Porque a assessoria do governador percebeu que a população estava querendo ver a caveira da molecada. Nas mídias sociais. Mais tarde, a polícia aliviou outra vez. Sei que isto tenha sido ordenado pelo motivo de no meio da tarde a maré na web virou. Adoro de reflexionar que ajudei um pouco. Me engana que eu gosto!</p>